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O diretor Pedro Reato, que foi agredido por uma mãe de aluno na última sexta-feira (29) enquanto trabalhava na EMEB Sarah Salomão, em São João da Boa Vista, relatou à 92FM os momentos que antecederam o ataque, no qual recebeu um soco no rosto e teve uma área próxima aos olhos cortada.
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Pedro contou que, pouco antes da agressão, foi chamado por outros funcionários para conversar com a mãe de um aluno que estava bastante nervosa, sem imaginar que a situação chegaria ao extremo ocorrido.
Segundo o diretor, a mulher não aceitou a decisão da escola de impedir que o filho participasse de uma excursão por estar sem o comprovante de vacinação contra a febre amarela.
Ao tentar dialogar, Pedro disse que a mãe “não escutou, simplesmente amarrou um pano branco na mão” e desferiu um soco na sua face, logo abaixo do olho esquerdo.
O diretor disse que, ao entender o que havia acontecido, temeu que seu olho tivesse sido atingido por estilhaços de vidro da lente dos seus óculos. Ao ser escoltado do local por outros funcionários, Reato ainda foi atingido por um chute da agressora.
Pedro diz estar “muito magoado” com toda a situação, e relatou que sua mãe chorou ao vê-lo machucado. Segundo o diretor, ele nunca passou por nada parecido, e sempre se deu muito bem com seus colegas de profissão e pais de alunos.
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A Polícia Militar chegou na unidade escolar logo após a mãe fugir do local. O diretor já prestou depoimento e realizou exame de corpo de delito na UPA do município depois de receber as devidas orientações.
O diretor pede que a população não busque vingança contra a mulher e afirma confiar na justiça para que o caso seja resolvido adequadamente.
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Maria Helena Angelini, diretora do Departamento de Educação de São João da Boa Vista, destacou que todos os procedimentos necessários foram realizados para garantir apoio e segurança ao educador, incluindo o acionamento da Polícia Militar e do Conselho Tutelar.
Questionada sobre medidas para evitar novos episódios, a diretora afirmou que o sistema de controle de entrada de visitantes e responsáveis pelos alunos está sendo revisado, com possibilidade de implementação de limites de horário e atendimentos mais estruturados.
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O caso teve grande repercussão regional, com notas de repúdio divulgadas tanto pela escola quanto pela prefeitura.
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Matéria publicada em 3 de setembro de 2025, às 10h09.