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Em tempos de alta nos casos de dengue, ações de combate aos criadouros do mosquito Aedes Aegypti se tornam cada vez mais necessárias. E dentre essas ações, chama a atenção a de um casal que mora na Vila Trafani, em São João da Boa Vista.
A recomendação das autoridades é sempre olhar dentro de casa para checar se existe algum criadouro do mosquito. Mas o casal vai além: a dona de casa Marlene Bassi e o marido dela, o aposentado Nilson Rodrigues, saem pelo bairro de forma voluntária e fazem a limpeza do lixo que é despejado indevidamente nas proximidades da linha férrea que passa pela Vila Trafani. O trabalho também é feito uma área de pasto do bairro.
ONDE TUDO COMEÇOU
A ação de cidadania do casal teve início há muito tempo, antes de qualquer alta nos casos de dengue. Tudo surgiu durante uma reunião da campanha da fraternidade, promovida pela igreja católica, em que o tema era a ‘Fraternidade e Educação’.
Marlene conta que naquele momento ela teve a ideia de sugerir ações educativas que contribuíssem com a limpeza do bairro.
A partir dessa iniciativa, o sogro da Marlene, Antônio Rodrigues, decidiu dar continuidade à atividade. Com o falecimento dele há 16 anos, Marlene e o marido seguiram com o legado.
A dona de casa relata que, durante as limpezas, são encontrados diversos tipos de materiais que podem servir como criadouro para o mosquito da dengue.
Marlene Bassi faz um apelo para que cada um se conscientize e não jogue lixo na rua. Ela faz um alerta sobre pessoas que consomem alimentos em estabelecimentos nas proximidades do Centro de Integração Comunitária (CIC).
O Nilson, marido da Marlene, preferiu não gravar entrevista, mas disse que faz o serviço de limpeza, em média, a cada dois dias. E alguns vizinhos têm ajudado na tarefa.
O desejo tanto de Marlene quanto de Nilson é que mais pessoas tomem consciência e façam sua parte para manter a cidade mais limpa.
SITUAÇÃO ATUAL
Lembrando que São João da Boa Vista está em estado de emergência por conta da alta nos casos de dengue e de Covid-19.
Falando da dengue, já são 1.393 casos confirmados neste ano, segundo a última atualização divulgada pelo Departamento de Saúde na semana passada.
Portanto, fica cada vez mais evidente a importância de combater os criadouros do mosquito Aedes Aegypti e seguir as recomendações das autoridades de saúde.
Reportagem publicada em: 21/03/2024
