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A diretora do departamento de Saúde de São João da Boa Vista, Heloisa Trafani, participou da edição de quinta-feira (4) do programa ‘2 EM 1’, e falou sobre a situação da UTI neonatal, das recentes denúncias envolvendo a UPA e da troca de comando da terceirizada que administra as unidades de saúde do município.
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Após uma breve explanação sobre as obrigações de um departamento de Saúde para com um município, Heloisa trouxe informações quanto à troca na gerência das unidades de saúde de São João, que devem passar das mãos da Ingex para o Conderg.
Segundo a diretora, a mudança definitiva deve acontecer entre 30 de novembro e 1 de dezembro. O processo de transição, no entanto, já começou, apesar de todos os serviços ainda estarem sendo realizados pela Ingex.
Heloisa explicou que o contrato emergencial com a Organização Social, que inicialmente duraria apenas seis meses, foi prorrogado por mais seis a fim de facilitar esse processo de mudança na gestão da Saúde em São João.
Quanto à polêmica de que a Prefeitura supostamente estaria oferecendo um “cursinho” para aprovar profissionais de carreira na cidade para serem contratados pelo Conderg, a diretora garante que se tratam apenas de boatos, e que o Executivo não se movimentou em momento algum para promover essa iniciativa.
Em relação a ala da UTI neonatal da Santa Casa Dona Carolina Malheiros, que foi inaugurada em dezembro de 2024, Trafani pontua que o serviço ainda não está disponível pois não foram realizadas as compras dos equipamentos necessários para tal.
A diretora esclarece que a Prefeitura depende de uma devolutiva da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo quanto a recursos financeiros para equipar a ala, já que o município “não consegue manter essa UTI” com recursos próprios, em especial quanto aos custos de manutenção.
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Questionada quanto aos preocupantes casos de suicídio registrados anualmente em São João da Boa Vista, Heloisa reforçou que o município conta com quatro dispositivos de acolhimento relacionados à saúde mental (como o três CAPS), e que o departamento está preparando uma ação voltada à campanha “Setembro Amarelo” no dia 18.
A diretora considera que o foco das ações da Saúde devem estar voltadas à prevenção do suicídio, não apenas nas discussões sobre o tema. Ela esclareceu que o município conta com pesquisas realizadas acerca dos casos registrados, mas que ainda não encontrou caminhos para fazer a correta divulgação desses dados.
Já em relação às denúncias da população quanto ao mau atendimento na Unidade de Pronto Atendimento, Heloisa diz que foram implementadas medidas para agilizar o atendimento e para conscientizar à população quanto ao uso complementar de outras unidades de saúde (como as UBSs) para desafogar a UPA.
Trafani garantiu que, quanto ao caso dos dois bebês mortos por Síndrome Respiratória Aguda Grave entre abril e maio, a investigação já está sendo realizada, mas que as informações permanecem em sigilo até seu encerramento.
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Por fim, a diretora também respondeu a uma dúvida da audiência do programa, que perguntou sobre o por quê de o Conderg ter sido contratado sem licitação.
Heloisa explicou que o fato de o consórcio possuir um CEBAS (Certificado como Entidade Beneficente de Assistência Social) exclui a necessidade de tal mecanismo, e que até mesmo o Tribunal de Contas do Estado utiliza outra abordagem para lidar com contratos desse tipo.
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Confira a entrevista completa logo abaixo.
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Matéria publicada em 4 de setembro de 2025, às 13h45.