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A vereadora Dayse Ciacco (PL) participou da edição de terça-feira (22) do programa ‘2 EM 1’ e falou sobre a desapropriação de um imóvel da sua família pela Prefeitura de São João da Boa Vista no valor de R$2.370.000,00.
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O imóvel adquirido pela Prefeitura em julho de 2025 pertence a Heleodoro de Oliveira Carneiro, marido da vereadora Dayse Ciacco, e era alugado pelo Executivo desde 2020 para abrigar a sede do Departamento de Administração.
Localizado na Rua Marechal Deodoro, n° 313, no Centro de São João da Boa Vista, o imóvel foi adquirido por R$ 2,37 milhões e teve sua transação concluída no dia 7 de julho de 2025, pouco mais de três meses após a publicação do Decreto Oficial que exigia a sua desapropriação (clique aqui para conferir).
Em entrevista, a vereadora afirma que “não tem qualquer participação nesse imóvel”, e que um processo de desapropriação é diferente de venda, já que “a notícia vem de repente”. Na prática, desapropriações são processos compulsórios, na qual o detentor do imóvel ou terreno se vê obrigado a abdicar deste, ainda que receba uma indenização pela perda.
Dayse alega que seu marido, Heleodoro Carneiro, havia solicitado que a Prefeitura desocupasse o prédio imediatamente após o início do seu mandato como vereadora, em janeiro de 2025, pois “nada podia respingar nela, nem nos seus filhos (de outro casamento)”.
O imóvel em questão foi adquirido em 2007. Apesar de, por conta do regime de comunhão de bens, a vereadora ter direito integral sobre a propriedade, ela afirma ter abdicado de qualquer participação na compra e venda deste, atuando apenas como interveniente. A informação pode ser confirmada na escritura oficial do imóvel (confira abaixo).
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Dayse alega também que nem ela, nem seu marido realizaram qualquer tipo de reunião com Vanderlei Borges, prefeito de São João da Boa Vista, a fim de discutir sobre a desapropriação do imóvel. “Não teve nenhuma conversa, nenhum papo a esse respeito”, conclui a vereadora.
Quanto à informação de que poderia ser processada por improbidade administrativa, e talvez perder o cargo de vereadora, Dayse diz que essa não é uma modalidade “presumida”, indicando que tal afirmação só pode ser feita diante do devido processo.
Ela revelou que o caso está sob judice, e que ela e o prefeito foram questionados pelo Ministério Público quanto à aquisição do imóvel pela Prefeitura, e que já prestou todos os esclarecimentos necessários. “Tudo está muito bem esclarecido”, conclui.
A vereadora aponta que “tem fé de que tudo vai dar certo”, e que em caso de negativa, pretende recorrer. “Se (mesmo assim) não der certo, tô ‘fora do jogo’, infelizmente”, diz Dayse após ser questionado sobre uma eventual decisão desfavorável.
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Ciacco finaliza afirmando que não atua como vereadora por conta do salário (cerca de R$ 4,2 mil), já que a maior parte da sua renda e patrimônio foram adquiridos por meio da sua atuação como advogada em São João da Boa Vista e municípios da região.
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A entrevista completa pode ser acessada logo abaixo.
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Matéria publicada em 22 de julho de 2025, às 14h08.